Causas e tratamento do alcoolismo podem variar para cada indivíduo.
Em qualquer dia da semana é possível encontrar pela cidade bares e botecos cheios. Amigos que não se veem há algum tempo resolvem tomar "umas geladas", colegas de trabalho e jovens querendo se divertir. São várias as situações que levam ao consumo do álcool.
Além do limite
O problema é quando essa ingestão ultrapassa os limites e causa dependência, gerando o alcoolismo. Mas, afinal, como é possível detectar essa doença?
Para o picólogo Fernando Parede, constatar o alcoolismo é algo muito difícil, tanto pelo alcoólatra, quanto pelos especialistas. Apesar dos exames físicos que auxiliam no diagnóstico, ele destaca a importância do discurso do paciente e dos familiares. "A constatação não é feita de acordo com a quantidade de álcool ingerida, mas sim pelas perdas orgânicas, produtivas, afetivas e/ ou sociais que o hábito acarreta".
Cada caso é um caso
Não há uma quantidade que determine se a pessoa bebe socialmente ou não, pois os efeitos nocivos variam para cada um: "achar que beber socialmente é ingerir álcool somente em festas ou então no fim des semana pode pode ter outro significado se está acontecendo de segunda a segunda ou se, a cada fim de semana, ingere-se uma quantidade maior que o anterior. Ou seja, aquilo que antes era algo social pode se tornar um hábito e levar à dependência", explica
O tratamento adequado difere de acordo com o grau do alcoolismo e do comprometimento físico e social que ele acarreta, podendo incluir desde a participação em grupos de apoio até a internação com intervenções medicamentosas.
Quem pode determinar melhor o caminho é um psicólogo ou psiquiatra. Segundo Parede, como o alcoolismo é uma doença bastante geterogênea, o fato de alguém procurar ajuda auxilia no diagnóstico e no tratamento, enquanto a negação só cria mais dificuldades.
Aos familiares que desejam auxiliar, o psicólogo sugere partipações em reuniões de grupo e até em consultas. "Dessa forma, a família saberá como ajudar da forma certa", orienta.
Fonte: Revista IN
Nº 233 - Abril de 2011